sexta-feira, 24 de abril de 2015

A poesia é exagerada
exagerada porque é viva,
porque sente
e respira por si mesma,
porque não tem correntes
amarras ou pesos.

Ela sabe voar,
alcançar tudo aquilo que nos parece impossível
em questão de segundos e meia dúzia de palavras
ela sonha,
é sol e tempestade
o fogo e o gelo
que queima e arde
que rasga o peito e sangra
que tira e devolve a vida,
que odeia e ama.

A poesia é força vital,
é o que se diz e o que devia ter sido dito,
é comemoração e arrependimento
ambígua
antônima
e dúbia
é caminho que bifurca e ramifica,
é axônio e dendritos
são ligações conexas e duvidosas
sofridas ou prazerosas.



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